Às vezes julgamos ser necessário estudar um referencial teórico muito profundo para nos motivar a ter novas reflexões sobre nossa prática pedagógica, no entanto, ocasionalmente um pequeno texto cheio de significação pode proporcionar isso, ao invés de páginas e mais páginas sobre o referido assunto. Aconteceu comigo quando li o pequeno texto de Helen Buckley, "O meninho" proposto na interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação. O texto pequeno, singelo e de fácil compreensão, podendo ser até mesmo usado em sala de aula com os alunos das séries iniciais é bastante complexo e abrangente, nos leva sem querer a imaginar o meninho em sala de aula, com esta professora alienada que pensa que sabe ensinar. Pelo menos foi o que aconteceu comigo, enquanto eu lia, visualizava aquela criança sendo tolhida em sua busca pela autonomia e criatividade, tendo que repetir modelos prontos, sendo ensinada a desaprender sua própria busca individual pela satisfação de construir, de criar seguindo suas intuições. Então percebi que muitas vezes fazemos isso com nossos alunos e com nossos filhos. Não que sejamos maus educadores, às vezes erramos na ânsia por correr contra o tempo e poder concluir alguma atividade em tempo hábil. De qualquer forma, acredito que se já era um hábito meu tentar construir com cada aprendente sua autonomia, creio que agora posso compreender porque muitas vezes alguns alunos parecem não saber fazer nada sozinhos e posso ajudá-los com muita paciência a reaprender a pensar por si e a confiar em suas habilidades.
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4 comentários:
Andréia: fizeste uma brilhante postagem. Consegues retratar bem ao leitor sobre o que se trata, o que ocasionou a ti esta leitura, juntamente com reflexões sobre a tua prática, a partir desta nova aprendizagem. É exatamente este o propósito do blog de vocês. Abraço, Anice.
Olá, Andréia: estamos na segunda semana por isso já estamos aguardando tua segunda postagem, ok? Abraço, Anice.
Oi Andréia, fiquei muito contente ao ler tua reflexão sobre o texto "Menininho" no blog. A partir da leitura de uma texto simples - que como disseste poderia ser usada com as crianças - produziste uma bela reflexão. O leitor é que imprime a profundidade na sua leitura quando produz sentidos que vão para além do texto... Grande abraço!
Olá, Andréia: bem legal mesmo tua postagem. Consegues perceber que algumas vezes agimos como a professora justamente porque somos cobrados pelos cronogramas. No entanto, é possível fugir do comum. Pode-se unir a inovação, criatividade e estímulo a autonomia juntamente com a grade curricular exigida pelas instituições de ensino, não é mesmo? Abração, Anice.
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